MELHORES FILMES DE 2025 (até mais ver)

O ano já saltou da sua metade: conto 21 filmes que vi em que o título dá parênteses a 2025 como ano de estreia. Já muito em breve, aproxima-se a temporada de prémios cinematográficos e mais uns bons quantos blockbusters. No entanto, ainda que o cair das folhas e a neve nos telhados nos guardem tantos enredos e expectativas, 2025 já nos trouxe filmes difíceis de esquecer – e ainda bem! Aqui vai a minha seleção dos 5 melhores filmes de 2025 (até mais ver).


Numa amálgama de terror, drama, crítica social, ação e thriller, Ryan Coogler entregou aquele que até ao momento é o melhor filme de 2025. Foi unânime o impacto deste filme original e arriscado. Michael B. Jordan, Hailee Steinfeld e Miles Caton lideram um ensemble que entrega a emoção sofisticada de um roteiro excelente. Para além do mais a cinematografia e banda sonora são esplêndidas neste filme sobre trauma geracional, xenofobia, apropriação cultural e religião. “Sinners” não só prova que Hollywood ainda pode arriscar – como o deve fazer!

#2 – En fanfare! de Emmanuel Courcol [Hidden Gem]

“En Fanfare” é uma comédia dramática francesa que explora a relação entre dois irmãos cujo parentesco foi revelado pela necessidade de um transplante de medula. Separados na primeira infância, foi evidente a disparidade nos seus contextos socioeconómicos: Um maestro de renome internacional e o outro funcionário numa cantina escolar e músico numa banda local. Parece que ao ler esta pequena sinopse já se sabe todo o caminho novelístico previsível que o filme poderia seguir, mas felizmente este desdenha de tal rumo. Num equilíbrio entre o intelectual e o crowd-pleasing, o muito bom argumento explora esta complexa dinâmica e os seus “e se” de maneira sentida e sorridente – nunca fatalista e quase sempre resoluta à esperança por algo melhor. Este filme junta a dupla de atores Benjamin Lavernhe e Pierre Lottin entre os quais espero decerto por mais parcerias!

#3 – The Ballad of Wallis Island de James Griffiths  [ Hidden Gem ]

Ǫuem diria que um filme indie britânico de paisagem numa ilha remota contasse tanto,e tanto tivesse a dizer e resolver? É esta a pergunta retórica colocada pelos festivais de cinema deste primeiro semestre em que passou e ainda pelos próprios personagens desta narrativa. Após vencer a lotaria pela segunda vez, um viúvo solitário decide reunir os vocalistas divorciados de uma das mais famosas bandas de sempre para um último concerto. O argumento junta o que é dito e o subentendido de maneira subtil e sensível da psique dos seus personagens acompanhado de atuações viscerais – destaco Tom Basden e Carey Mulligan – e paleta sóbria, mas sempre refinada. Carregado de ternura e subtileza, “The Ballad of Wallis Island”, apesar de ser sobre aceitar a finalidade e a fragilidade da vida – é uma melodia que uma vez iniciada, queremos que nunca acabe.

#4 – 28 Years Later de Danny Boyle

De Danny Boyle e Alex Garland, “28 years Later” surpreendeu na sua meditação sobre dignidade na morte, dilemas éticos e uma infância que tenta se sustentar num mundo apocalíptico e desabado. Sangrento, violento e altamente estilizado tem tanto de gore na sua ação e thriller como na sua abordagem crua das suas temáticas. Com um elenco estelar, com novas caras e outras bem conhecidas como Aaron Taylor Johnson e Jodie Comer, este é um dos filmes mais reflexivos do ano. Um filme que pode em primeiro relance parecer superficial apresenta de maneira sofisticada segredos macabros no seu enredo que obrigam a refletir – e muito! Para além disso, este filme foi gravado quase inteiramente em iPhones, algo que não evidenciei como problema e até congratulo pela novidade que traz ao cinema independente.

 #5 – Mission Impossible: The Final Reckoning de Christopher McQuarrie

Numa franquia que já conta décadas surge tarefa difícil encerrar todo o enredo ainda mais quando filme atrás de filme aumentava a fasquia, o risco, os set pieces e a qualidade. Este 8º e último filme de Ethan Hunt apesar de não ser o melhor da saga, não deixa de ser imperdível pela sua ambição e espetáculo. Como sempre, Tom Cruise, Simon Pegg e Hayley Atwell não desiludiram com as suas excelentes atuações, pelo que fico com pena que seja este o fim da franquia (será?).

Menções honrosas: The Phoenician Scheme de Wes Anderson e F1 de Joseph Kosinski

Terminada a lista resta-me apenas o entusiasmo para um fim de ano que tanto promete à 7ª arte!



Todos os direitos das imagens estão reservados aos respetivos autores.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *